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    Fique por Dentro

    11 de agosto de 2022

    FIEC e Inesc Tec formalizam parceria durante evento de economia azul


    O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, assinou um memorando de entendimento com o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (Inesc Tec), de Portugal, nesta quinta-feira (11/08), representado pela Pesquisadora Paula Lima. O objetivo do documento é desenvolver projetos conjuntos na área da economia do mar (também chamada de economia azul). A empresa portuguesa Gel Peixe Alimentos Congelados e a cearense Caix Pescados também assinaram um memorando de entendimento, que visa formalizar a parceria comercial entre ambas.

    As assinaturas ocorreram durante uma missão institucional e empresarial de economia do mar com uma comitiva portuguesa, liderada pelo Secretário de Estado do Mar do país europeu, José Maria Costa. Durante o evento, realizado integralmente na Casa da Indústria, houve uma mesa redonda, com participação de diversos atores no grande setor da economia azul brasileira e portuguesa, bem como uma apresentação das atividades do Observatório da Indústria e uma rodada de negócios para fortalecer ainda mais as conexões empresariais.

    Comitiva de Portugal participa de evento de economia azul no Ceará

    A FIEC, por meio do Observatório da Indústria, vem trabalhando desde 2014 na prospectiva estratégica e nas tendências mundiais apontadas como indutoras de transformação, como a economia azul. Em 2017, foram elaboradas as rotas estratégicas do setor, que compila dados para indicar possíveis caminhos até 2025; da mesma forma, foi elaborado um masterplan e um documento que reúne os perfis profissionais para o futuro da economia do mar.

    "Hoje é um dia muito importante para nós. Agradeço demais a toda a comitiva, a presença e a preocupação, e o mais importante disso tudo é que possamos esmiuçar esse nosso relacionamento. Precisamos entender o que vocês fazem, que é muito benfeito, e favorecer a troca de experiências com as grandes empresas que temos aqui. Queremos que Portugal adentre o País pelo Ceará", afirmou Ricardo Cavalcante, ao agradecer a vinda dos portugueses, que ajudarão ainda mais na relação bilateral.

    A fileira de alimentos do mar proporciona ao Ceará protagonismo na liderança de exportações brasileiras no que diz respeito a crustáceos e pescados de mais variados tipos. Cerca de 24% de todo o pescado exportado do país é cearense, o que gerou um montante de US$ 42,7 milhões só em 2022. Além disso, nas pautas de exportação cearenses a Portugal também estão combustíveis, calçados, frutas e resinas vegetais.

    De acordo com o secretário de estado do Mar de Portugal, José Maria Costa, a economia do mar é a economia do futuro, cujos investimentos precisam ser direcionados ao conhecimento e à inovação, por isso, a palavra-chave para se usar com o Ceará é cooperação. "Se há matéria em que temos muito a navegar é precisamente a economia azul", delineou. Conforme o gestor, "todos os estudos apontam que, nos próximos anos, os grandes investimentos vão ser feitos essencialmente nas energias renováveis oceânicas, onde estão projetados grandes avanços e desenvolvimento".

    Já a secretária adjunta de Pesca do Governo Federal, Andrea Ribas, apresentou dados que convergem com a alta capacidade de desenvolvimento da economia azul no Ceará. Segundo ela, "o estado cearense como porta de entrada tem um papel de liderança brasileira relevante no aproveitamento da economia do mar, com as vantagens geográficas e de gestão que possui", ressaltou.

    Hidrogênio verde

    Além das potencialidades do mercado de exportação e importação na economia do mar, Brasil e Portugal também têm interesses em desenvolver plantas de produção de hidrogênio verde, considerada a solução para a descarbonização da indústria a fim de reduzir os níveis de emissão de gases do efeito estufa e frear o aquecimento do planeta.

    Conforme o Consultor de Energia da FIEC, Jurandir Picanço, "as grandes vantagens do Ceará na produção do hidrogênio verde são o gigantesco potencial de energia renovável do Nordeste e sua complementaridade; o fato de estar na esquina do atlântico, ou seja, mais perto do mercado europeu e americano, além do Complexo Industrial e Portuário do Pecém". Até o momento, já foram assinados 20 memorandos de entendimento entre empresas e o Governo do Estado do Ceará para integrar a cadeia de hidrogênio verde no estado.

    Secretário de Estado do Mar de Portugal, José Maria Costa, e Presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante

    Outra possibilidade de investimento também é na energia eólica offshore, a qual possui 18 projetos em desenvolvimento no Ceará, aguardando a aprovação do licenciamento ambiental; juntos, eles são capazes de gerar quase 49 GW de energia limpa. As offshores são apostas para a geração de energia que vai propiciar o hidrogênio verde. Esses projetos poderão ser atratores naturais de organismos aquáticos, com incentivo à pesca local e à promoção do desenvolvimento da aquicultura marinha, como impulsionadores do desenvolvimento de municípios costeiros.

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